sábado, 30 de abril de 2011

Estilo Kate Middleton













Existirá um estilo Kate?

O estilo de Kate é considerado por uns conservador e por outros simplistaO estilo de Kate é considerado por uns conservador e por outros simplista (Foto: Dylan Martinez/Reuters
“Ela neste momento ainda não tem um estilo muito caracterizado”, avança a produtora de moda Susana Marques Pinto, antes de arriscar alguns adjectivos. “É muito clean e denota algum conservadorismo ao apostar em fórmulas seguras. Não arrisca nem um milímetro! Creio que é demasiado ‘senhorinha’ e conservadora para a sua idade”, resume a colaboradora da Moda Lisboa.

Na mesma linha, o criador Manuel Alves, da dupla criativa Alves Gonçalves, defende que “de momento o seu estilo tornou-se mais conservador. Feminino, elegante, mas muito ‘lady like’. É um estilo muito BCBG (do francês bon chic, bon genre). No passado ousou mais e tirou melhor partido da figura”.

Antes do vestido azul, das saias de tweed e dos casacos Burberry, um dos momentos mais icónicos de Kate Middeton retrata a futura princesa em roupa interior. Ou dever-se-ia dizer, de vestido transparente? Durante um desfile de moda na Universidade de St. Andrews, onde ambos os noivos estudavam, Kate exibiu a excelente forma física num vestido que revelava mais do que escondia. Terá sido nesta altura que William, sentado na primeira fila, comentou: “Uau! Kate’s hot”. Oito anos depois, todos o pensamos ao vê-la.

“Reparamos em Kate por duas razões: pela figura fantástica que faz com que tudo o que vista lhe fique bem e pelo sorriso franco e aberto”, defende a stylist Susana Marques Pinto que lhe recomenda mais o bom físico do que o bom gosto. “Ainda não vestiu nada que uma mulher de 50 anos não pudesse vestir. Eu diria até que é ‘boring’”.

A editora de moda da Vogue britânica, Lucinda Chambers, contrapõe a “boring” um outro adjectivo: adequado. “O estilo de Katherine é perfeito para o papel que ela está prestes a assumir. É clássico sem ser maçador. Acho que ela tem sido, sem ter grande consciência disso, muito inteligente na forma como se veste. As suas escolhas nunca recebem críticas negativas”.

Princesa e príncipe são palavras que ainda evocam todo um universo de conto de fadas em que Kate não se enquadra. O problema não é a falta de títulos nobiliárquicos na sua família. É a sua acessibilidade.

“Hoje em dia não há grandes diferenças entre um nobre e uma pessoa comum. No passado, os membros da família real viviam em palácios, rodeados de serventes e de muito luxo. Quase fechados numa gaiola de ouro que os separava das pessoas normais. É verdade que ainda vivem em palácios, mas agora trabalham e têm uma vida normal”, desmistifica Carmen Enríquez Medina, que durante 15 anos foi a jornalista da TVE, a televisão pública espanhola, encarregue da Casa Real.

A descer a rua de jeans e botas de cano alto ou de férias na Escócia com o príncipe William perfeitamente enquadrada no cenário rural inglês, o estilo prático de Kate perpetua-se sem exageros ou luxos. Engane-se quem pense que a noiva do príncipe herdeiro gasta fortunas em cada saída de compras. O famoso vestido azul Issa London, que provavelmente vestirá o seu equivalente de cera no Museu da Madame Tussauds antes do fim do ano, comprou-o por cerca de 350 euros. Um preço alto para a classe média, mas uma bagatela para alguém da alta.

“Como muitas mulheres da sua geração, ela faz compras nas lojas do mercado intermédio como a Jigsaw e a Whistles. A Katherine obviamente gosta de roupa, mas não é uma escrava da moda. Ela tem permanecido fiel a si e ao seu estilo ao longo da sua relação com o William e estou segura de que continuará a ser”, afirma a editora de moda da Vogue britânica.

Pela proximidade de ambas ao príncipe William e pelo calor humano que as suas figuras transmitem, a comparação com a Princesa Diana tem sido frequente. Contudo, para Carmen Enríquez Medina, que estava em Londres aquando da morte de Diana, é uma comparação um pouco forçada: “ Acho que são muito diferentes. Diana corresponde à imagem da realeza de há 50 anos atrás. A Kate é uma rapariga da classe média”.


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